O “ladrão” que mora ao lado
Muitos já escreveram sobre o quanto checar emails a todo instante e viajar na rede de hiperlink em hiperlink sabota nosso foco e toma muito do nosso tempo, portanto não vou falar sobre isso. Falarei, sim, de outro tipo de “ladrão de tempo”, personificados por colegas de equipe que pensam que trabalham sozinhos.
Trabalhar com “ladrões de tempo” é viver perigosamente. Vira um exercício de adivinhação, de pressuposto, de infindáveis surpresas (raramente boas). Nos deixa tensos além da medida. Nos faz trabalhar horas a mais vendo longa parte de nosso dia sendo simplesmente desperdiçada. Todo cuidado é pouco. Basta um só “ladrão de tempo” e no final todos viramos noites e comendo a pizza de sempre.
Integração fica difícil quando não se enxerga o todo
Um trabalho integrado implica justamente em uma coisa que puxa a outra, que depende da outra, que se conecta à outra. Infelizmente, pode haver na equipe quem não se dê conta de que não trabalha sozinho. Por mais que haja uma tarefa que só possa ou deva ser executada por determinada pessoa, o que ela entrega é apenas parte de um todo. Não basta fazer a sua parte na hora que lhe for conveniente e o todo se completará como mágica. Quem não percebe (ou finge que não percebe) que uma coisa se conecta à outra, acaba por desrespeitar e/ou subestimar o trabalho de seus pares.E cabe a nós, gestores, identificar se é isso o que acontece e procurar corrigir essa falha.
Quem pensa que trabalha sozinho pode achar que está sendo “muito pressionado”, mas é preciso que você o convença que esse comportamento prejudica toda a equipe.Tente contornar a situação com muito diálogo, busque mecanismos que visem a engajar a pessoa no coletivo, de uma forma que ela perceba que seus conhecimentos e habilidades são importantes no processo conjunto. A velha história de que o todo é mais importante que as partes.
Gestão é resultado derivado de processos eficazes
Gestão é zelar pela realização do bom trabalho, por processos que sejam seguidos, pela integração da equipe. Pela entrega do melhor trabalho. Brigar por isso é nossa obrigação, e não tem nada a ver com pressão. Prazo é coisa séria, tempo é dinheiro. E, no final, tudo isso é resultado para a agência e para o cliente.