Raras vezes abre-se um novo posto que ninguém nunca ocupou. O mais comum é você ser contratado para substituir alguém que foi demitido ou que pediu demissão. Num mercado como o nosso, o turnover é grande, seja lá por qual motivo, e vira e mexe a gente é convidado a integrar uma equipe numa nova casa.
Penso que para nós, Gestores de Contas, substituir um profissional é um superdesafio. Como estamos na linha de frente, não tem jeito: o cliente tem que gostar da gente, do nosso jeito de trabalhar, tem que sentir firmeza. Isso é fundamental para construir a confiança – a base de relacionamentos de qualquer natureza.
OK, você chegou à nova casa. E pode se deparar com o melhor ou pior dos mundos. Vejamos:
O pior cenário:
Quando você vai substituir o rei-da-cocada-preta. Como assumir o lugar de quem é admirado e em quem o cliente vinha depositando total confiança sem sentir um frio na espinha? Como estar à altura de tudo o que o ex construiu se você é diferente, tem seu jeito, seu estilo?
O melhor:
quando você substitui alguém que não estava mais sendo, no entender da agência (e quem sabe até do cliente), o profissional ideal. Aí a situação parece mais confortável. Em tese, você já chega com uma baita vantagem. As pessoas anseiam pela substituição e não resistem à sua introdução no grupo.
Entretanto, mesmo que você ache que está no melhor dos mundos, a zona de conforto é sempre uma ilusão. Para ficar só num exemplo: imagine que aquele cliente que não gostava do trabalho do profissional que você veio a substituir, um dia também é substituído. Você vai ter que começar do zero. Por outro lado, você pode ter começado a trabalhar numa agência em que aquele cliente que estava difícil de conquistar também pode vir a ser substituído. Nesse caso, começar do zero pode ser a melhor oportunidade para você.