Estamos em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher. Muito a conquistar ainda, mas muito a celebrar. Por exemplo, a presidência do GA&N (Grupo de Atendimento e Negócios) ser exercida, finalmente, após sete anos de criação, por uma representante feminina.
Ela é Cris Pereira Heal (foto), profissional com uma carreira vitoriosa na área de atendimento. Cris tem participação ativa no GA&N há bastante tempo. Entrou no Grupo há seis anos, um ano após a sua criação. Para completar o pacote de conquistas, no final do ano passado também assumiu a área de negócios da Sunset/DDB.
Conversamos com a querida Cris para saber quais os seus planos para os próximos anos à frente do GA&N. Dá uma conferida na entrevista.
Katia Viola – Cris, você tem uma história longa no GA&N, conta pra gente tudo o que tem feito por lá.
Cris Pereira – Quando eu entrei no Grupo, ele ainda se chamava GA, Grupo de Atendimento. Logo senti a necessidade de me plugar à área acadêmica. Queria compartilhar conhecimento, e tudo mais que eu tinha conquistado nesses anos em agência de propaganda. Fiquei todos esses anos na Diretoria Acadêmica, criamos a plataforma “Provocações”, o programa “Digital Business Update” e os encontros para compartilhamento de experiências em grandes eventos do nosso trade, o “Insights:”
KV – Quais são os planos da entidade para os próximos anos?
CP – O Biênio 20-21 promete uma aproximação ainda maior com os nossos associados. Queremos fortalecer nosso posicionamento como entidade que inspira, capacita e modela o futuro dos próximos líderes de negócios da comunicação, ampliando nossa cobertura e atuação. Para isso chamamos reforço, e de novo contamos com o apoio de patrocinadores e profissionais do mercado que estão sempre ao nosso lado. Nossas diretorias estão com metas claras para a evolução do grupo. Vamos, cada vez mais, demonstrar o valor dessas parcerias.
Além disso, nos pareceu mais do que na hora ter uma diretoria de desenvolvimento humano. Essa diretoria pretende dar oportunidade para quem tem pouco acesso para ingressar e se capacitar na nossa indústria.
KV – Falando em desenvolvimento humano, como você percebe as mudanças mais significativas que têm permeado a carreira do profissional de negócios?
CP – Vejo uma evolução, mas ainda muito pulverizada. Principalmente dentro das agencias. Ainda hoje escuto aquela discussão antiga sobre o “papel” do profissional de atendimento. Na semana passada uma amiga me disse que a agência onde trabalha trocará a maioria dos profissionais de atendimento por GPs – movimento desesperado de quem ainda não sabe a diferença e a entrega desses dois profissionais.
Mas, ao mesmo tempo, vejo agências mais modernas tendo discussões propositivas, cobrando dos seus profissionais de atendimento uma postura mais ativa nos negócios da agência. Não foi à toa que agregamos Negócios ao nome do grupo.
KV – O que os profissionais da área têm demandado, e em que áreas você percebe que existe mais deficiência de conhecimento e de prática?
CP – O GA&N quer capacitar os profissionais no entendimento do nosso negócio: modelos de remuneração, sustentabilidade da nossa indústria etc. Agregamos NEGOCIOS ao nome porque há demanda por esse entendimento mais profundo do negócio da comunicação. A mudança de postura desse profissional passa por esse entendimento.
KV – E nos clientes, o que vc percebe como demanda em relação às agências?
CP – Os clientes precisam de parceiros estratégicos, de agências que sejam relevantes no desenvolvimento das marcas e do negócio no curto e médio prazo, o “brandformance”. Entender essa dor do cliente nunca foi tão urgente e necessário.
KV – Aproveitando essa linha de raciocínio, você acha seguro dizer (como querem sugerir alguns) que os clientes não estão mais interessados em intermediários, e isso respinga na relação atendimento-cliente?
CP – Sempre acreditei que a relação atendimento-cliente reflete a relação da agência com o cliente. Nesse sentido, não existe intermediário, acreditar nisso é no mínimo ingênuo. Na minha opinião, se a agência está pagando alguém para ser um intermediário, o erro e a miopia é da agência ou de quem contratou alguém para ser intermediário.
Não consigo acreditar que no contexto atual ainda exista esse discurso. Não temos mais tempo para esse tipo de discussão. Se a agência não está feliz com o profissional ela deveria: 1.capacitá-lo ou 2.demiti-lo. Alimentar essa relação ineficiente nos dias de hoje é uma irresponsabilidade.
KV – Certamente você deve entrevistar ou ser procurada por muitos profissionais que desejam fazer carreira na área de negócios. O que te chama mais atenção quando busca alguém para trabalhar no seu time?
CP – Vontade de fazer acontecer. Curiosidade. Paixão por nossa indústria.
KV – Cris, encerro aqui te parabenizando pelas duas conquistas, a da presidência do GA&N e do novo desafio na Sunset/DDB, e te desejando enorme sucesso.
CP – Muito obrigada. Estou muito grata e empolgada com essa nova fase que está cheia de novos desafios.
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Confira a programação do GA&N e fique ligado nos eventos que já estão movimentando o mercado.