Ageismo, ou etarismo, é a discriminação baseada na idade.
Acontece demais nas agências de propaganda, onde a gente vê um monte de representantes da Geração Y e pouquíssimos profissionais acima de 40 anos.
É isso mesmo. O sujeito vai se aproximando dos 40 (às vezes antes disso!) e a fritura começa. Até que algum motivo “aparece” para mandar a pessoa embora.
Uma vez demitidos, os profissionais encontram uma enorme dificuldade para se recolocar.
As explicações das agências
Alguns empregadores dizem que não costumam contratar pessoas mais velhas, com maior nível de senioridade, por questões salariais. “Está acima do nosso budget”. Outros, sem o menor constrangimento, alegam que precisam de sangue novo porque profissionais mais velhos estão viciados nas mesmas fórmulas. “Melhor treinar do nosso jeito”, e outras frases feitas que podem conter um “ageismo velado”.
Talvez fosse bom perguntar ao candidato senior se o salário oferecido interessa a ele/a. Isso na hipótese de pelo menos chamar para uma entrevista e, ali, perceber no cara-a-cara se a pessoa tem a energia esperada.
Ageismo pode dar processo
O etarismo tem sido discutido, não com tanto alarde, mas já fazendo algum barulhinho por aqui. Nos EUA e na Europa a coisa já está mais no radar.
Os veículos especializados têm publicado coisas a respeito. No início de março, numa reportagem da AdWeek, a jornalista Minda Smiley levantou dados do mercado americano e conversou com pessoas que sofreram o ageismo na pele, citando casos de profissionais que estão processando as agências que os discriminaram (leia a matéria completa ao lado).
A reportagem apresentou também iniciativas bacanas, como o coletivo Fearless, cujo manifesto é, simplesmente: “ageless creativity” ou criatividade sem idade, em português. E de organizações como o Creative Equals, que ajuda empresas a implantar uma cultura mais inclusiva.
Enfim, o mundo está mudando, mas toda mudança leva tempo. É bom ficar atento.