Paris e Mariana. A Indústria da Propaganda e do Marketing Se Posiciona (ou não)

Paris e Mariana. A Indústria da Propaganda e do Marketing Se Posiciona (ou não)

Paris e Mariana. A Indústria da Propaganda e do Marketing Se Posiciona (ou não)

Paris e Mariana. A Indústria da Propaganda e do Marketing Se Posiciona (ou não)

artigo eduardo forbes
Momentos difíceis como os ataques terroristas que ocorreram na última sexta-feira, em Paris, deixaram o mundo perplexo. Mas a reação da indústria da propaganda e do marketing foi rápida em se posicionar através das redes sociais, seja expressando tristeza, oferecendo ajuda ou se solidarizando ao povo francês.
Para dar alguns exemplos:
 
 O Grupo Havas transformou o H do seu logo na bandeira da França e criou a hashtag #havastogether, além de anunciar que faria um minuto de silêncio, ao meio-dia de segunda-feira, em homenagem às vítimas (como revelado posteriormente, três de seus executivos estavam entre elas).
 
 
Importantes revistas do mundo da moda, como Vogue e WWD, ambas do grupo Condé Nast, usaram suas homepages para prestar suas homenagens: a Vogue com a foto da Torre Eiffel e a WWD, que coloriu seu logo de azul, branco e vermelho.
 
Mesmo marcas não intimamente ligadas à cultura francesa se posicionaram a respeito. As cores da bandeira da França tomaram o Facebook, que ofereceu um filtro para que os usuários colorissem as fotos de seus perfis, e também disponibilizou o seu Safety Check, que propiciava aos usuários em Paris marcarem-se como “a salvo” dos atentados. 
A Amazon também se manifestou, colocando em sua homepage uma foto da bandeira francesa e a palavra “Solidarite”.  

 

 
Esses exemplos demonstram como as marcas podem ser simpáticas a uma causa ou acontecimento, de forma respeitosa, demonstrando não estar indiferentes ao que se passa no mundo em que vivem. São marcas que buscam uma oportunidade de diálogo com seus consumidores, não no sentido “oportunista”, mas de aproximação e engajamento.
Fiquei pensando nisso quando inevitavelmente comparamos a nossa tragédia particular, como o desastre ambiental em Mariana, MG – causado pela empresa de mineração Samarco, que pertence à Vale a à BHP – com a tragédia de proporções mundiais, como a da França.
Por aqui, só tive conhecimento da ação do aplicativo de carona paga Uber, que de 16 a 18 de novembro terá a opção “UberÁGUA” para que os usuários de Belo Horizonte possam doar água e contar com o transporte gratuito da mesma.
Será que as agências brasileiras não pensaram em algum projeto relevante para seus clientes? Ou será que pensaram, apresentaram e os anunciantes deliberadamente não quiseram mexer com o assunto? Fica a dúvida e um certo desapontamento.

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