Vou dar minha opinião, sem a pretensão de que ela esteja correta, apenas com base na observação e na minha própria experiência na seleção dos profissionais da minha equipe.
Contratar qualquer profissional, hoje em dia, tomando como base o tipo de trabalho que ele deverá ser capaz de fazer tem tornado a busca mais difícil e resultado num alto nível de frustração pós-contratação. Sinto dizer, mas buscar por um profissional dotado de todas as habilidades que você precisa para chegar à agência e já sair marcando gols é muita utopia. Não é impossível, mas é muito pouco provável.
Já reparou nos posts no Facebook e em sites de empregos? Tem que ter experiência nisso, tem que saber aquilo e aquilo outro, tem que fazer dessa forma ou daquela. Será que é assim que se seleciona o candidato mais adequado?
É preciso considerar que existe uma coisa chamada cultura, e cada agência tem a sua. São valores, princípios, e o clima. Quem vem de fora não tem como saber tudo isso de antemão.
O tipo de profissional que você vai atrair é o que tem as habilidades, essas que estão no anúncio, mas isso pode não significar resultados positivos se o profissional não se adapta. Descobrir certas coisas leva tempo, às vezes um ano, às vezes até mais. Enquanto isso, como é que ficam os resultados?
Além do mais, a gente já entendeu que o que se sabe hoje não é o que devemos saber daqui a alguns meses. Então, por que essa ânsia em querer alguém “pronto”? Esse modelo mental já era. Deu.
Experimente escolher as pessoas pela sua atitude e pela sua forma de aprender.
Escolhê-las, no máximo, pelo seu repertório e não pelas suas referências.
4 respostas
Excelente,muito obrigada!
Será que você pode fazer um post com dicas para profissionais com habilidades e experiência de atendimento, porém foram clientes por um tempo e querem voltar para a área?
Parabéns pelo blog.
Oi, Aline, boa sugestão! Obrigada pela audiência.
Kátia, tenho acompanhado seus textos e cada vez gosto mais. Parabéns!
Acredito que para avaliarmos o profissional que entrará em nossa equipe devemos voltar a atenção à famosa fórmula do "CHA – Conhecimento, Habilidades e Atitudes" em conjunto com a análise da capacidade de aprendizagem do profissional.
Entendo que o profissional que quer atuar na área de atendimento deva trabalhar algumas habilidades como organização, planejamento, capacidade de suportar pressão, oratória, gosto pela leitura e pelo estudo e empatia.
Vejo muita gente que não deu certo em outras áreas vindo para o atendimento, o que é muito ruim para nós, para as agências e, principalmente, para os clientes que ficam nas mãos de pessoas que não têm o prazer em trabalhar na função que exerce.
Depois entra a nossa função, como você bem pontuou, de ambientar este profissional à nova casa, treiná-lo e acompanhá-lo de maneira que consiga explorar todo seu potencial.
Helder, obrigada pelo comentário sobre a qualidade dos posts.
Aline, sua sugestão já foi transformada em post: http://atendimentopublicitario.blogspot.com.br/2016/07/quando-o-atendimento-quer-virar-cliente.html